Em 2007, a APL desenvolveu a sua Estratégia de Desenvolvimento Sustentável, tendo por base a sua Visão de Sustentabilidade alicerçada em 4 princípios fundamentais: 

  • o princípio da responsabilidade SOCIAL 
  • o princípio da responsabilidade AMBIENTAL 
  • o princípio da sustentabilidade ECONÓMICA 
  • o princípio da TRANSPARÊNCIA 

O princípio da responsabilidade SOCIAL consubstancia-se em iniciativas destinadas a manter uma relação de bem-estar e partilha com os colaboradores, clientes, fornecedores e comunidades locais. 

Os colaboradores são uma prioridade, reconhecemo-los como suporte e mais-valia que representam, tendo presente o permanente reconhecimento das variadas capacidades profissionais. 

O porto de Lisboa e o estuário do Tejo são o traço comum que liga 11 municípios, desde há séculos geminados com a vivência das suas gentes. É neste contexto que pretendemos continuar a enriquecer esta relação, constituindo um espaço aberto à comunidade e apoiando iniciativas nas áreas da educação, desporto, cultura e lazer. 

Como responsáveis pela gestão do porto, ambicionamos envolver os nossos clientes e fornecedores, encorajando-os a partilhar os nossos princípios. Por isso, queremos mostrar-lhes de forma inequívoca e transparente como gerimos os compromissos assumidos, com vista à formulação de objetivos claros e partilhados que melhorem o desempenho integrado do porto. 

O princípio da responsabilidade AMBIENTAL visa uma cada vez melhor integração do porto nas envolventes urbana e natural, permitindo o desenvolvimento da nossa atividade e a integração mútua de interesses, num contexto futuro sempre mais exigente. 

O porto de Lisboa integra-se no estuário do Tejo, a maior zona húmida da Europa Ocidental, que apresenta importantes valores naturais, espécies e habitats a preservar. Este estuário congrega a maior área metropolitana do país, com cerca de 25% da população nacional, cuja qualidade de vida é de primordial importância. Esta realidade é razão necessária e suficiente para que a APL adote uma atitude proactiva na defesa do ambiente estuarino. 

O princípio da sustentabilidade ECONÓMICA visa garantir a autonomia orçamental, consagrada nos estatutos, e a capacidade da APL criar valor para as gerações atuais e futuras. Enquanto entidade administrante, a APL deve promover a competitividade do porto e a sua crescente importância socioeconómica a nível ibérico, privilegiando a racionalização dos seus recursos, a rentabilidade dos capitais próprios e, naturalmente, a sua capacidade de investir na permanente modernização do porto de Lisboa. 

O princípio da TRANSPARÊNCIA é o modo natural e aberto como desenvolvemos as nossas atividades, como encaramos as nossas ambições e como comunicamos os resultados que vamos alcançando. 

É também a forma como pomos em discussão aberta as ideias e projetos de participação comum e ponderada entre o porto e as comunidades envolventes. 

 

Visão de sustentabilidade 

Na Administração do Porto de Lisboa entendemos que conseguiremos atingir um nível de desenvolvimento sustentável do negócio da empresa, se formos capazes de assegurar as melhores práticas de desempenho da atividade portuária, quer ao nível dos colaboradores e da organização quer ao nível dos clientes, fornecedores e demais parceiros que connosco trabalham, em cumprimento dos princípios da responsabilidade social, ambiental e transparência, num profundo respeito pelos interesses das gerações atuais e futuras. 

Com este compromisso pretendemos alcançar um estatuto de referência no conjunto de portos europeus e, por consequência, constituir-nos como um pólo aglutinador de vontades e de criação de riqueza para as empresas que direta ou indiretamente intervêm no negócio portuário. 

Estratégia de sustentabilidade 

Acreditamos que as gerações futuras têm o legítimo direito de poder usufruir de um porto de nível europeu, ou mundial, com um ambiente que lhes proporcione estabilidade e as melhores condições de vida e de emprego. Pretendemos, por isso, desenvolver um porto de qualidade internacional, com impacto regional positivo ao nível socioeconómico, e que possa representar um atrativo para a instalação de atividades diversas, suportado num bom ambiente de trabalho e em condições de operacionalidade sustentável. 

O nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável traduz-se nas seguintes bandeiras: 

  • Envolvimento dos Stakeholders 
  • Navegação Segura e Não Poluente 
  • Valorização do Estuário do Tejo 
  • Relação Porto – Cidades 

Envolvimento dos Stakeholders 

Consideramos que os colaboradores e os parceiros são fundamentais para o desenvolvimento do porto nas suas múltiplas vertentes. Por essa razão, investimos na comunicação bidirecional com os colaboradores e com os parceiros, promovendo a sua informação, formação e participação ativa na vida da empresa. 

Conscientes da relevância do desempenho e da atitude da comunidade portuária no desenvolvimento do negócio portuário, é nosso propósito definir estratégias que suportem o crescimento do negócio, incorporando os objetivos, anseios, apoios e propostas dos nossos parceiros. 

O envolvimento com as comunidades é motivo de uma bandeira específica: a relação porto-cidades. 

Estamos atentos às expectativas de todos os restantes stakeholders, através de canais de comunicação sempre abertos e que queremos aprofundar. 

Navegação Segura e Não Poluente 

O transporte marítimo é a forma de transporte que apresenta os melhores desempenhos em termos de sustentabilidade ambiental e energética, assumindo os portos uma importância estratégica no desenvolvimento de sistemas de transporte integrados e mais eficientes. 

Estamos empenhados em garantir a qualidade e a segurança do tráfego marítimo portuário, pelo que nos posicionámos na vanguarda da utilização de meios tecnológicos de apoio à navegação. Esta aposta permite-nos garantir o respeito pelos ambientes marinho e portuário e pelas comunidades envolventes, potenciando o desenvolvimento do negócio. 

É nossa firme intenção assegurar, de forma cada vez mais eficaz e eficiente a prestação de serviços à navegação de modo a prevenir e minimizar incidentes de poluição marinha, bem como incrementar o controlo sobre as recolhas de resíduos de navios, as descargas de águas de lastro, a movimentação de mercadorias perigosas e as emissões gasosas de navios. 

Queremos simultaneamente modernizar e adequar a nossa capacidade de resposta a situações de emergência, enquadrados no Sistema Nacional de Proteção Civil. 

Valorização do Estuário do Tejo 

Atentos às principais características biofísicas do estuário do rio Tejo, o maior plano marítimo-fluvial da Europa e um dos de maior valor ecológico, constituindo um património cuja valorização, em todas as suas vertentes, é fundamental, pretendemos ter um conhecimento cada vez mais aprofundado do equilíbrio dinâmico deste sistema e adotar práticas de gestão que promovam a sua preservação e qualificação. Merecem a nossa particular atenção as questões relacionadas com o equilíbrio hidrodinâmico das barras do Tejo e zonas costeiras adjacentes e o incremento da qualidade ambiental do estuário, em sentido lato. 

Pretendemos, em estreita colaboração com as restantes entidades com responsabilidades no estuário, minimizar o passivo ambiental existente, estabelecer compromissos com base em estratégias de gestão amigas do ambiente e potenciar o turismo.